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Inconveniente e constrangedora incontinência urinária Problema, mais comum nas mulheres, tem como diagnóstico relatos clínicos, mas podem ser exigidos vários exames PALIATIVO: Exercícios da musculatura da região pélvica ajudam no tratamento da incontinência urinária 22 SAÚDE O processo de liberação da urina pelo organismo humano decorre de uma perfeita coordenação entre a bexiga, local onde a substância é armazenada, e o esfíncter uretral, um músculo localizado na parte mais baixa da bexiga. Até que a bexiga se encha, o esfíncter permanece contraído, fechando a uretra (canal pelo qual a urina passa para ir para fora do corpo). Quando a bexiga está cheia, estímulos são transmitidos ao cérebro e então surge a consciência da necessidade de urinar. A partir daí, de modo voluntário, decidimos se iremos urinar ou não naquele momento. A maioria das pessoas possui completo controle sobre a micção. Mas há aqueles que sofrem com a perda involuntária da urina, problema que impacta direta e dramaticamente nas atividades e na qualidade de vida. A incontinência urinária pode afetar pessoas de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, mas mulheres apresentam maior predisposição. A incidência aumenta progressivamente com a idade. “A bexiga feminina é menor, a uretra feminina é mais curta, a mulher possui mais órgãos sobre a bexiga, o que aumenta a compressão. Embora homens também possam sofrer de incontinência urinária, essas diferenças anatômicas entre os dois sexos é que tornam a mulher uma vítima mais comum deste problema”, explica o médico Carlos Henrique Belucci, coordenador do Departamento de Urologia Feminina da Sociedade Brasileira de Urologia. Em homens, a incontinência urinária está, na maioria das vezes, associada a histórico de cirurgias prostáticas. Durante essas operações pode haver lesão do esfíncter ou do nervo responsável pelo seu funcionamento, acarretando perdas urinárias. Pessoas com lesão no sistema nervoso – central ou periférico – também estão mais sujeitas a apresentar algum comprometimento do trato urinário. Quem não tem a necessária coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter costuma abdicar de realizar atividades cotidianas e esportivas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo. Até mesmo atos corriqueiros como tossir, espirrar ou dar risada são evitados. De acordo com Belucci, o constrangimento é tamanho que, muitas vezes, impede inclusive uma conversa franca entre médico e paciente. “Poucos pacientes procuram ori- entação médica para incontinência urinária e, mesmo quando procuram um especialista, é para relatar outros problemas. A incontinência urinária, muitas vezes, só é descoberta porque o médico levanta questionamentos sobre o tema”, relata o especialista. Existem quatro classificações para a perda involuntária da urina, definidas pelos sintomas ou pelas circunstâncias. Na incontinência por esforço, a perda de urina acontece quando o indivíduo tosse, ri, faz exercício, movimenta-se. Ocorre devido a fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Já a incontinência de urgência, também conhecida pelo nome de bexiga hiperativa, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio às atividades diárias. A perda da urina costuma acontecer antes da chegada ao banheiro. No quadro misto, a incontinência associa os dois tipos. “Há também a incontinência por transbordamento. A bexiga fica tão cheia que chega a transbordar. Pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução à saída de urina. Esse tipo é mais frequente em homens, por conta do aumento da próstata, que pode resultar na obstrução do canal. Pacientes com diabetes também têm predisposição a esse tipo de incontinência”, salienta o urologista Carlos Henrique Belucci. O diagnóstico baseia-se no relato clínico do paciente sobre seu histórico de sintomas. Nessa fase, é de grande utilidade que o paciente elabore um diário miccional, em que registre as características e a frequência da perda urinária, e as apresente ao médico. O especialista poderá também realizar um exame físico e solicitar análises laboratoriais de urina, de ultrassonografia das vias urinárias ou um estudo urodinâmico, que é o principal método de diagnóstico complementar da incontinência urinária. “Esse estudo simula o ciclo de enchimento e esvaziamento vesical cotidiano. Permite ainda que seja avaliado o grau de incontinência, a presença ou não de hiperatividade da bexiga e eventuais distúrbios neurológicos com repercussão no aparelho urinário”, explica Belucci. A incontinência urinária pode ser tratada com medicamentos e fisioterapia. Casos mais graves podem exigir cirurgia. Evitar o sedentarismo, controlar o ganho de peso – principalmente para mulheres durante a gestação – e praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária. Corretores de planos de saúde usam indevidamente o nome da CAASP A Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo alerta a advocacia para o uso indevido do nome CAASP. Com clara intenção de confundir os advogados, alguns corretores têm mantido na internet sites cujas denominações utilizam indevidamente a logomarca e o nome da entidade assistencial para venda de seguros e planos de saúde. Eis alguns exemplos que devem ser observados: www.caaspsaudeonline, www.conveniocaasp.com.br, www.caaspsp.com.br, www.caaspseguros.com.br, www.caaspsaudesp.com.br, www.caaspadv.br, w w w . s e g u r o s a u d e c a a s p . c o m . b r , w w w. c a a s p s e g u r o s a u d e s p . c o m . b r , www.caaspsaudegap.com.br, entre outros. Muitas vezes, são oferecidos convênios de operadoras que nem sequer integram o rol de parceiros da CAASP. A CAASP já solicitou ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC-Br), órgão responsável pela concessão de domínio, que reveja o critério de deferimento de registros contendo o nome CAASP, e está tratando civil e criminalmente dos casos apurados. A entidade não existe na internet em domínio .com. O site da CAASP é www.caasp.org.br. A entidade é estipulante de apólices de planos de saúde, na modalidade coletiva por adesão, das operadoras Unimed Fesp, Amil, Bradesco Saúde, One Health e Sul América.


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