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ESPAÇO CAASP / CLUBE DE SERVIÇOS CAASP lança site acessível Portal está adequado para pessoas com deficiência e beneficiará principalmente aquelas com comprometimento visual 28 Oportunidade de fazer intercâmbio na Itália PALCO DE DECISÕES: Suprema Corte da Itália Estão abertas as inscrições para o “Seminário Internacional Italiano Jurídico e Direito Italiano”, em programa de intercâmbio criado no âmbito da parceria entre a CAASP e a Efígie – Educação e Cultura. Os profissionais inscritos na OAB SP têm desconto de 7% na programação, que vai de 11 a 20 de novembro. O valor total do pacote é de 1.370 euros, mas, para os advogados, o preço cai para 1.274 euros, acrescido da taxa de inscrição de R$ 350,00. O pagamento pode ser parcelado via boleto bancário, sem juros, com último vencimento para até 60 dias antes do embarque; por cartão de crédito (Visa e Mastercard), em até 12 vezes; e, em cheque, em até 18 vezes. O pacote não inclui passagens aéreas, taxas de embarque, refeições e gastos extras de viagem. O seminário acomodará os advogados no alojamento da Edulíngua, com quartos duplos e banheiro privativo, localizado em San Severino Marche. O programa oferece uma imersão na área jurídica italiana, seja por intermédio da língua, para que os alunos possam entender termos e colocações profissionais importantes, seja por meio de palestras com importantes profissionais e pesquisadores da Universidade de Macerata ou por visitas técnicas em locais onde os participantes poderão vivenciar o dia a dia do profissional da área do Direito e conhecer campos de atuação local. Ao fim do intercâmbio, receberão certificado. A programação completa pode ser consultada em www.efigie.com.br. A Efígie – Educação e Cultura possui ainda outros programas na área do Direito, como o “Direito Público Internacional”, em Portugal, com duração de oito dias, em convênio com a Universidade Católica do Porto; “Justiça Criminal na Inglaterra”, em Londres, de dez dias, em que os intercambistas conhecem todo o sistema de segurança e prevenção da criminalidade britânico; e “Legislação para Negócios Internacionais”, em Montpellier, França, com 30 dias de duração, curso de especialização desenvolvido especialmente para a Faculdades de Campinas (Facamp) de modo combinado com a Universidade de Montpellier. Fora do Direito, há cursos de idiomas e programas nas áreas de design, arquitetura e decoração, culinária e gastronomia, educação, gestão e negócios, marketing, meio ambiente e sustentabilidade, moda, saúde e tecnologia. Divulgação A Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP) deu um passo importante no campo da inclusão social, cujos desafios de caráter tecnológico se renovam a cada dia. Após um trabalho de mais de um ano, o portal da entidade (www.caasp.org.br) está adequado para navegação por pessoas com deficiência, especialmente aquelas com comprometimento visual. O projeto “Site Acessível” foi desenvolvido pela instituição pela Fundação Dorina Nowill, consagrada pelo apoio a deficientes visuais, e pela empresa especializada Iguale – Comunicação de Acessibilidade. “Uma entidade da natureza da CAASP, cujo público prioritário é aquele que sofre com problemas de saúde e adversidades socioeconômicas, não poderia manter seu principal meio de comunicação inacessível às pessoas com deficiência”, salienta o presidente da Caixa de Assistência, Braz Martins Neto. “Trata-se de uma inovação que ainda não alcança a maioria das instituições de classe no Brasil. Mais uma vez, a Caixa sai na frente”, acrescenta. Basicamente, o que um “site acessível” faz é fornecer ou descrever seu conteúdo de textos e imagens por meio sonoro. Para o internauta comum, a inovação é imperceptível, a não ser pelos selos da certificação em acessibilidade posicionados no rodapé das páginas, os quais são concedidos pela W3C (World Wide Web Consortium) conforme o documento WCAG (Web Content Accessibility Guidelines – Diretrizes para Acessibilidade de Conteúdo Web). No topo de cada página do sistema encontra-se uma barra de acessibilidade contendo atalhos que facilitam a navegação dos portadores de deficiência. Para navegar com sucesso, o usuário precisa dispor de um software para leitura de tela que também realize a função de sintetizador de voz. “Há alguns softwares muito caros e outros até gratuitos com essa finalidade. Os primeiros destinam-se ao uso profissional. Para usar em casa, os programas gratuitos são eficientes”, explica Paulo Romeu Filho, consultor da Iguale e ele próprio deficiente visual. Aprender a operar um programa desse tipo não é difícil, assegura Romeu Filho, e ressalva: “O aprendizado pode ser rápido ou demorado, dependendo de cada pessoa. Pode-se aprender sozinho, mas com a ajuda de alguém é sempre melhor”. O apoio à pessoa com deficiência para que navegue pela internet com agilidade é hoje tão necessário quanto a ajuda que se oferece a ele para atravessar a rua. O conceito é claro. “Hoje você tem rampas em praticamente todas as esquinas para que o cadeirante tenha mobilidade na cidade. Enquanto a sociedade não entendeu que cabia a ela proporcionar aquela rampa, a limitação do cadeirante era muito maior, e não tinha nada ver com a deficiência dele – era a falta de adaptação do meio que o tornava ainda mais deficiente”, adverte Paulo Romeu Filho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015 revelam que 6,2% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) considerou quatro tipos de deficiência: auditiva, visual, física e intelectual. Dentre os tipos pesquisados, a deficiência visual é a mais representativa, atingindo 3,6% dos brasileiros e sendo mais comum entre pessoas com mais de 60 anos. A Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece as normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade a pessoas com deficiência.


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