Page 20

Jornal427_web.pmd

O QUE ESTOU LENDO Conflitos internos da humanidade Por Flávia Piovesan Livro: Sergio Y. vai à América Autor: Alexandre Vidal Porto Editora: Companhia das Letras Páginas: 184 Fundo de previdência da advocacia busca maiores rentabilidades 20 OABPREV-SP “Em seu excelente romance ‘Sergio Y. vai à América’ (vencedor do Prêmio Paraná de Literatura), Alexandre Vidal Porto não fala explicitamente de princípios ou normas legais. No entanto, sua obra gira em torno dos conceitos basilares dos direitos humanos. Ao final da leitura, é impossível não evocar o segundo parágrafo da Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776): ‘Consideramos estas verdades por si mesmo evidentes, que todos os homens são criados iguais, sendo-lhes conferidos pelo seu Criador certos direitos inalienáveis, entre os quais se contam a vida, a liberdade e a busca da felicidade’. É sobre essa tal ‘busca da felicidade’ que o livro de Vidal Porto discorre. Em que pese o autor ter formação jurídica – tem um LLM da Harvard Law School –, a discussão não se dá em termos legais. Ao contrário, embora o registro seja culto, o estilo é leve, resultando em uma narrativa muito clara, concisa e prazerosa. Li as mais de 180 páginas em uma sentada. No livro, Armando, eminente psiquiatra paulista prestes a se aposentar, narra a história de um paciente, Sergio Y., rapaz de 17 anos, ‘articulado, inteligente e confuso’, que se considera infeliz. Ao longo da terapia, inspirado pelo bisavô, próspero imigrante armênio, e pela história de Adriana Simkevicius, imigrante lituana em Chicago, Sergio inicia sua própria busca pela felicidade. Para isso, interrompe o tratamento e se distancia do médico, que só por acaso, anos depois, toma conhecimento do paradeiro de seu paciente. A publicação toca em temas diversos, como transformação, gênero, deslocamento, imigração, mas, sobretudo, fala sobre a importância fundamental de o indivíduo entender, assumir e expressar a própria identidade – e da importância de que seja respeitado nesse processo. Recomendo muito a leitura.” Ao que tudo indica, o ciclo de distensão monetária conduzido pelo Banco Central veio para ficar. Em abril, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a quinta queda seguida da taxa Selic, para 11,25%, após corte de um ponto percentual. As mais importantes consultorias financeiras do país apostam que os juros continuarão caindo pelo menos até o fim do ano – a expectativa é que a taxa básica feche 2017 entre 8% e 9%. Esse movimento, que visa à recuperação da atividade econômica em um cenário de inflação declinante, exige senso de oportunidade dos fundos de pensão. A percepção clara dos rumos da economia tem sido uma das características dos gestores de investimentos da OABPrev SP. Reunido no último dia 23 de março, o Comitê de Investimentos do fundo de previdência da advocacia fechou questão quanto a mudanças pontuais nas alocações dos recursos da instituição, as quais, contudo, não alteram a linha mestra da sua política de investimento, que obedece ao trinômio segurança-rentabilidade-liquidez. “São alterações dentro da margem de discricionariedade da política de investimentos. Trata-se de um ajuste, um realinhamento”, afirma o diretor financeiro da entidade, Marco Antonio Cavezzale Curia. “Com o processo de queda relevante da taxa Selic, os retornos do CDI serão reduzidos, o que levou o Comitê a adotar uma postura mais proativa na execução das alocações do fundo”, explica Dan Kawa, chefe da Área de Multimercados da Icatu Vanguarda, uma das empresas parcerias que gerem os recursos da OABPrev-SP. “Decidiu se elevar a alocação em Fundos Multimercados Macro, que buscam retornos acima do CDI, com volatilidade moderada e com consistência”, salienta. De acordo com Kawa, a OABPrev-SP tem se favorecido do fechamento das taxas de juros reais mediante alocações em fundos que buscam seguir o IMA-B, índice de taxas de juros reais da economia, “além do bom desempenho no mercado de renda variável e nos fundos de crédito privado”. “Estamos sempre atentos a oportunidades, sem perder de vista a consistência dos retornos e a preservação de capital”, frisa o gestor. Na mesma linha, Nathan Batista, executivo da Aditus, consultoria financeira parceira do fundo de previdência da advocacia, a alocação em fundos multimercados institucionais, outra medida indicada pelo Comitê, chegará a cerca de 9% do seu patrimônio. Esses fundos, destaca, “atendem às vedações previstas na Resolução nº 3.792 do Conselho Monetário Nacional, que estabelece os parâmetros de aplicações das entidades fechadas de previdência complementar”.“Num contexto de juros em queda, esses movimentos permitem que a OABPrev- SP se desindexe do CDI, numa procura de retorno em outras classes de ativos”, avalia Batista. O Comitê de Investimentos é um órgão assessor da Diretoria Executiva da OABPrev-SP. De caráter consultivo, é composto pelo presidente da entidade, Luís Ricardo Marcondes Martins, pelo diretor financeiro, Marco Antonio Cavezzale Curia, por um membro do Conselho Fiscal, atualmente a conselheira Fabiana Nunes, pelo gerente executivo Armando Sápiras e por um representante da consultoria financeira, no caso, a Aditus. Perto dos R$ 600 milhões O fundo de previdência da advocacia apresentou rentabilidade de 14,23% em 2016, percentual bem acima do IPCA aferido no período, de 6,29%. Quem pensou no futuro pondo recursos na OABPrev-SP também saiu-se melhor do que aqueles que utilizaram a tradicional poupança, que rendeu apenas 8,3% no ano passado. O patrimônio da OABPrev-SP já se aproxima dos R$ 600 milhões. Veja outras informações sobre o fundo de previdência da advocacia Cristóvão Bernardo Flávia Piovesan Secretária Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania A percepção dos rumos da economia tem sido uma das características dos gestores de investimentos da OABPrev-SP


Jornal427_web.pmd
To see the actual publication please follow the link above