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Entidade titular de um sistema próprio e amplo de comunicação, a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo informa diretamente seu público sobre suas atividades. E vai além: também lhe oferece a oportunidade de ler reportagens, artigos e entrevistas de alto valor jornalístico e interesse geral, isto por meio da Revista da CAASP, publicação digital bimestral afixada no site da entidade (www.caasp.org.br) e enviada por e-mail para 400 mil advogados inscritos na Seção de São Paulo da OAB. As ações de comunicação institucional, entendemos, alcançam quase o mesmo patamar de importância das atividades-fim da entidade, posto que detêm o condão de levar ao conhecimento da advocacia aquilo que lhe é oferecido. Nesse sentido, todos os advogados cujo cadastro na OAB SP esteja atualizado (salvo aqueles atingidos por bloqueios eletrônicos do tipo antispam, dispositivo que pode ser facilmente eliminado) recebem duas vezes por semana, via e-mail, o boletim CAASP Informa. A página da Caixa de Assistência no Facebook, por sua vez, cumpre a função de repercutir em rede social, para milhares de seguidores, o conteúdo informativo institucional. A Caixa ainda ocupa oito páginas no Jornal do Advogado, editado pela Secional. O programa TV CAASP, de dez minutos, vai ao ar às quintas- -feiras, sempre às 21h, na TV Aberta, permanecendo também para ser visto a qualquer tempo em canal do YouTube, acessível pelo portal da entidade. Os milhares de advogados que participam dos eventos esportivos promovidos pela Caixa de Assistência podem se informar sobre os campeonatos em curso numa página específica na internet (www.caasp.org.br/esportes). Para produzir tamanho conteúdo informativo e analítico, a CAASP conta com jornalistas em seu quadro de colaboradores, postando-se ao lado dos órgãos representativos desses profissionais no repúdio aos ataques que estes vêm sofrendo não é de hoje. A CAASP repudia qualquer tipo de atitude que vise a reprimir o trabalho jornalístico com a mesma força com que condena as violações de prerrogativas profissionais dos advogados. Note-se que existe uma nítida semelhança entre perfis de agressores de uns e de outros, enquanto é clara a importância das duas profissões para a realização completa da cidadania. A extrema polarização política que vivemos deságua em comportamentos radicais, ao passo que uma miríade de inseguranças – da pública à jurídica – acarreta atitudes impensáveis em um ambiente de normalidade. Fanáticos escolhem jornalistas como alvos de seu ódio. Sumariamente, poderíamos afirmar que o militante político radical só enxerga legitimidade no veículo de comunicação identificado com seu próprio viés ideológico, ignorando o fato de que a pluralidade é uma das características indispensáveis à democracia. Notícias falsas, acusações sem provas, calúnias, difamações e congêneres devem ser combatidas por meios legais. Divergências ideológicas podem e devem confrontar-se no ringue das ideias, e só no ringue das ideias. Os números do Brasil em termos de agressão a profissionais de imprensa falam por si. Entre 2010 e 2017, 26 repórteres foram mortos no país por motivos relacionados ao exercício da profissão. O dado põe-nos atrás apenas do México, com 52 assassinatos de profissionais de imprensa no período. O Brasil se encontra na 103ª posição, entre 180 países, no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2017, elaborado pela organização Repórteres sem Fronteiras. Além disso, persiste o machismo no jornalismo esportivo: pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, divulgada no início de 2018, revelou que 64% das jornalistas dessa área sondadas já haviam sofrido abuso de poder de chefes ou fontes e que 83,6% já haviam sofrido algum tipo de violência psicológica nas redações. O alcance da democracia é proporcional à liberdade que se confere à imprensa atuante no país, bem como às garantias de exercício profissional que a ela devem ser dadas. Tanto quanto o advogado carece de garantias para o pleno exercício profissional – e as tem, em tese, inclusive no texto constitucional –, os jornalistas precisam que o Estado lhes assegure efetivamente a integridade física e moral necessária ao seu trabalho, cujos princípios se confundem com o conceito de democracia. JORNALISMO E DEMOCRACIA “O alcance da democracia é proporcional à liberdade que se confere à imprensa atuante no país, bem como às garantias de exercício profissional que a ela devem ser dadas” PALAVRA DA DIRETORIA 24 Jairo Haber DIRETOR DA CAASP José Luís da Conceição


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