“O livro proporciona conhecimento, enriquece intelectualmente, humaniza. É prazerosa a leitura. Leio dois livros
ao mesmo tempo. É o que faço agora, com ‘O Tiradentes – Uma biografia de Joaquim José da Silva Xavier’, de
Lucas Figueiredo (Companhia das Letras), e ‘Leonardo da Vinci’, de Walter Isaacson (Editora Intrínseca). O primeiro
despertou-me especial atenção. É bom na forma e no conteúdo. Por se tratar de biografia, mostra momentos
importantes da nossa história, com detalhamento dos fatos. A pesquisa é abrangente em torno da trajetória do
alferes da tropa dos Dragões, recheada a escrita com momentos intrigantes desde a sua juventude. Tiradentes
cuidava da higiene bucal dos moradores de Vila Rica, a Ouro Preto dos nossos dias. Era um exímio tirador de
dentes, numa época em que não existia escova de dente e dentes podres eram a regra. Daí o apelido que ficou.
A biografia descreve toda sua vida militar, até a morte, quando foi condenado à forca, em 21 de abril de 1792,
depois de cerca de dois anos nas masmorras do Rio de Janeiro, tiritando de frio no inverno e sufocado pelo calor
do verão carioca. Nada, entretanto, abalou a fibra do mineiro, um herói. O segundo, também biográfico, narra
aspectos importantes da vida de Da Vinci, que pintou duas das telas mais famosas de todos os tempos: ‘A
última ceia’ e ‘Mona Lisa’, que hoje extasiam as pessoas que as veem e assim será por todos os tempos.
Nele, o autor também demonstra a paixão do artista pelas ciências exatas, pela tecnologia e na elaboração
de estudos sobre anatomia, máquinas, geologia, entre outros importantes temas. A literatura realmente
concorre para o engrandecimento humano. Antes dessas duas obras, li ‘Sapiens – Uma breve história da
humanidade’ (Editora L&PM) e ‘Homo Deus’ (Companhia das Letras), ambos de Yuval Noah Harari, um
israelense oxfordiano. Na cabeceira da minha cama me espera ‘21 lições para o século 21’, do mesmo
escritor. A fila anda. Outros virão. Minha mulher diz que sou ‘rato’ de livrarias.”
Comitê atua para garantir segurança e rentabilidade ao fundo
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O QUE ESTOU LENDO / OABPREV-SP
FUNDO DE PREVIDÊNCIA DA ADVOCACIA
Altas biografias Por Carlos Velloso
Título: O Tiradentes – Uma biografia de Joaquim José da Silva Xavier Autor: Lucas Figueiredo
Editora: Companhia das Letras Páginas: 552
Título: Leonardo da Vinci Autor: Walter Isaacson Editora: Intrínseca Páginas: 640
O Comitê de Investimentos da OABPrev-SP tem
intensificado seus trabalhos. O órgão assessor
da diretoria executiva é responsável por fornecer
subsídios técnicos acerca do cenário econômico
capazes de orientar os administradores na busca
dos objetivos traçados pela política de investimentos
Mais informações sobre a OABPrev-SP podem ser conferidas clicando aqui
da entidade.
“Aproximamo-nos ainda mais da consultoria
financeira (Aditus) e da Icatu, que é a gestora do
fundo, para traçar uma estratégia que evite papéis
que possam sofrer oscilações em função do
momento político do país”, declara o diretor financeiro
da OABPrev-SP, Marco Antonio Cavezzale
Curia, que é membro do Comitê de Investimentos.
De acordo com o dirigente, a diminuição pontual
de risco na carteira de investimento da entidade
visa a defender o patrimônio de R$ 721 milhões
e continuar a garantir rentabilidade e liquidez ao
fundo da advocacia.
O grupo técnico é composto também pelo presidente
da entidade, Marcelo Sampaio Soares,
por um membro do conselho fiscal, atualmente
Jairo Haber, pelo gerente-executivo Cesar Furue
e pelo engenheiro-economista, sócio da consultoria
financeira Aditus, parceira da OABPrev-SP,
Nathan Batista.
As alterações propostas pelo Comitê até aqui
têm sido seguidas e garantiram, por exemplo,
a rentabilidade de 2,95% no primeiro semestre,
considerada ótima em face do panorama econômico
do país, onde o Produto Interno Bruto
encerrará o ano em 1,36% e a inflação alcançará
a marca de 4,09%, conforme a média das previsões.
Leva-se em conta também que o cenário
externo é desfavorável ao Brasil, com câmbio
volátil e os juros altos nos Estados Unidos, que
atrai investidores para aquele país.
“É nosso papel vislumbrar cenários e auxiliar nas
decisões referentes a diversos tipos de aplicações,
buscando a maior rentabilidade possível,
com patamares aceitáveis de risco”, lembra o
representante da consultoria financeira Aditus,
Nathan Batista. Ele explica a estratégia em curso
atualmente: “A política de investimentos, definida
no final do ano passado, prevê uma rentabilidade
que, o mínimo, vença a inflação e ainda tenha um
Carlos Velloso
Advogado, ministro aposentado,
ex-presidente do STF e do
TSE e professor
Arquivo pessoal
Ricardo Bastos/OABPrev-SP
Marco Cavezzale:
“Diminuição
pontual de risco
na carteira de
investimento da
entidade visa
a defender o
patrimônio”
spread. Para atingi-la, diante deste cenário binário
que a eleição nos apresenta, precisamos fazer
alocações táticas mais conservadoras, como a
exposição maior em fundos multimercados e
menor em renda variável, como a Bolsa”.
Comitês de Investimentos, como o que mantém
a OABPrev-SP, são órgãos facultativos dentro
das entidades fechadas de previdência complementar.
Mas seu papel é extremamente relevante
dentro da estrutura institucional. O órgão tem
papel fundamental na governança e na geração
de confiança da parte dos participantes quanto à
administração dos recursos investidos.
Na OABPrev-SP, além de avaliar periodicamente o
desempenho da carteira e se mudanças pontuais
devem ou não ser feitas, o Comitê atenta para os
objetivos da política de investimentos, que englobam,
entre outros, os limites de alocação para cada
tipo de investimento, bem como se as alocações
estão dentro das regras das legislações vigentes
para o setor previdenciário, como a Resolução do
Conselho Monetário Nacional nº 4.661, que dispõe
sobre os limites de cada tipo de aplicação.
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