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CLUBE DE SERVIÇOS
Divulgação
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Parcerias do Clube têm diversas empresas de terceirização
De segunda a sexta-feira, dona Cleuza levanta às 04h30 da
manhã, pega o trem no Itaim Paulista, zona leste de São
Paulo, por volta das 05h00, e vai até a Avenida Paulista
com as conexões do metrô, onde chega por volta das
06h30. Caminha 200 metros e já está na avenida Brigadeiro
Luiz Antônio, onde fica a sede de uma empresa que fornece
serviço de limpeza para escritórios de advocacia. A relação
de trabalho se dá por meio de uma terceira pessoa, no
caso jurídica, que é a firma especializada em fornecer mão
de obra para serviços que não são a atividade-fim. O mais
comum é o profissional de limpeza, mas as companhias de
terceirização têm um leque de opções muito mais variado.
Nesse sentido, o Clube de Serviços da CAASP (https://
www.caasp.org.br/clube-de-servicos.asp) faz parceria
com diversos estabelecimentos. Entre os quais, oferecem
motorista, recepcionista, jardineiro, controlador de acesso
(porteiro), cozinheira, cuidador de idosos, limpador de
piscina, limpeza pós-obra, passadeira e passeador de cães,
entre outros, como o serviço do bom vizinho, isto é, aquele
que, quando uma família viaja, vai até a casa para verificar
se está tudo em ordem e dar alimento para os animais.
O empresário Marcos Salotto, que tem uma empresa de
coworking nos Jardins, em São Paulo, decidiu contratar
a empresa em que dona Cleuza trabalha para cuidar da
limpeza do seu escritório. Seu maior cliente é uma antiga
banca de advogados, que trocou o escritório próprio pelas
posições de trabalho oferecidas pela empresa de Salotto.
O negócio dele e o da empresa que garante o trabalho de
dona Cleuza constituem uma nova etapa nas relações de
trabalho. Compartilhamento é a palavra chave, conceito
que inclui, naturalmente, a mão de obra.
O dono do coworking fez as contas e concluiu ser muito
mais prático e econômico recorrer a uma empresa especializada
terceirizada, mas a economia não foi o único critério
para a contratação. O que contou mais foi a praticidade
e a gestão por resultado.
Salotto contrata três horas de serviço diário de segunda
a sexta-feira. Paga para a empresa de Maria cerca de R$
1.500,00 por mês e exigiu que, junto com a fatura, fossem
incluídas as guias de recolhimento previdenciário. “Eu sou
muito rigoroso com questões tributárias. Tolerância zero
para a sonegação. Tudo é feito assim, o que afasta qualquer
risco de implicação na Previdência Social”, afirma.
Se tivesse uma profissional contratada diretamente para
fazer o serviço, o custo seria maior, e não teria trabalho
para as oito horas diárias. Outra vantagem para o cliente
é que a empresa nunca ficará sem o atendimento, já
que, no caso de uma faxineira faltar, outra será enviada.
Quem fornece essa mão de obra está pronto para o caso
de uma funcionária não poder trabalhar por motivo de
doença ou outro.
É importante o escritório informar-se sobre quem está
contratando, se a empresa tem empregados registrados e
que produto vai ser utilizado. Uma boa fonte para pesquisar
a idoneidade da empresa é a internet. Há os serviços Reclame
Aqui e outros que dão as respostas desejadas. Antes
de contratar, vale uma boa pesquisa sobre a empresa.
Outro cuidado que o contratante deve ter é com os serviços
de segurança. É comum que o cargo de controlador
de acesso seja confundido com o de segurança/vigilante.
Entretanto, trata-se de profissões com funções muito
diversas. De maneira bastante resumida, enquanto os
vigilantes têm atuação voltada à proteção do patrimônio
e da integridade física das pessoas, regulamentada pela
Lei nº 7.102/83 e pela Portaria nº 7.201/83–MJ, o controlador
de acesso apenas gerencia a entrada e saída de
pessoas e veículos, verificando suas identificações e,
quando necessário, repassando ao porteiro para que
regularize os cadastros.
Para evitar problemas trabalhistas para os clientes, uma
empresa, com sede no interior de São Paulo e com
franquias em todas as regiões do Brasil, estabelece em
contrato que toda responsabilidade por encargos é dela
e, se ainda assim houver reclamações ou outras ações
indenizatórias, ela se responsabilizará pela demanda.
Um serviço que também disparou nestes tempos de
compartilhamento é o aplicativo para aproximar cliente do
prestador de serviço. O Brasil tem um grande aplicativo
nessa área, o terceiro maior do mundo, com 500 mil
profissionais cadastrados, que no ano passado gerou
três bilhões de reais em pagamento por serviços, que
vão de faxineira a engenheiro ou arquiteto, profissional
necessário para o caso de reforma.
“O aplicativo é uma espécie de classificado. O cliente
precisa de um serviço, procura lá, e terá no mínimo três
orçamentos”, diz Eduardo L’Hotellier, engenheiro de formação,
que trabalhava no mercado financeiro. “O aplicativo
nasceu de uma dificuldade que eu tive: precisava de um
pintor e recorri a classificado na internet. Um deles marcou
comigo e não foi. O outro foi, mas o serviço ficou ruim. E
pensei: um aplicativo resolveria isso, com um sistema de
avaliação e a garantia de que, se o profissional não tiver um
desempenho satisfatório, ele sairá do aplicativo”, afirmou.
Serviços terceirizados e aplicativos de mão de obra se
tornaram a solução numa sociedade em que o importante
é se especializar. Para o advogado, o fundamental é cuidar
da defesa dos clientes e na proteção de seus direitos. Ele
terá mais tempo e liberdade para isso se não tiver de se
preocupar se estão faltando produtos de limpeza para
deixar o banheiro em ordem, por exemplo.
Eduardo L’Hotellier:
“O aplicativo nasceu
de uma dificuldade
que eu tive”
Dona Cleuza cuida
da limpeza de
um escritório de
advocacia