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24 Arnor Gomes da Silva Júnior Espaço de diálogo com a advocacia paulista, dirigentes de Ordem e seus demais atores servem-se deste periódico para transmitir opiniões sobre temas de interesse dos advogados, além de mensagens que digam respeito às deliberações sobre os assuntos de que se ocupam dentro da instituição. Porém, não seguirei na mesma esteira, ao contrário disso, não tenho como propósito o uso destas poucas linhas para divulgar a Caixa de Assistência dos Advogados e seus serviços, muito menos os feitos alcançados por suas várias e competentes gestões, pois sobre este nosso braço humanitário muito já se disse nesse sentido. Em breves palavras, opto por discorrer sobre o real sentido de um advogado militante, como todos os que ocupam cargo nos vários órgãos da instituição OAB, envolvido pela massacrante, mas sublime atividade diária de buscar solucionar conflitos sociais, mesmo que como norte utilize de suas forças para satisfazer os interesses de seus constituintes, ainda achar tempo para, sem nenhuma contrapartida e enfrentando grandes percalços, devotar-se aos colegas de profissão, em especial por meio de sua Caixa de Assistência, pelo simples prazer resultante da realização daquilo que desejam seus iguais. Para tanto, socorro-me dos ensinamentos do admirável autor, filósofo e professor Mário Sergio Cortella, que em alfarrábio de sua autoria procura respostas para o que denomina “Qual a tua obra?”. Adoto-os para responder aos que me leem que nós, dirigentes e colaboradores da CAASP, em nosso dia a dia, praticamos verdadeiro ativismo na defesa dos interesses dos advogados e de seus familiares, principalmente em favor daqueles que sofrem pelas dificuldades que se apresentam em suas vidas, buscando transformar mediante nossas ações a dura realidade dessa advocacia mais e mais empobrecida e proletarizada. Não são poucas as imposições que a realidade da vida nos reserva para a satisfação dos objetivos sociais da CAASP, porém, posso afirmar, sem medo de cometer equívoco, que todos os que por aqui passaram, escrevendo a gloriosa história destes 80 anos de sua existência, empenharam-se de tal sorte que a transformaram naquilo que Cortella denomina com maestria “empresa espiritualizada”, tal a devoção, quase religiosa, com que se ativam na busca da satisfazer eventuais necessidades de seus colegas, mormente daqueles que, desprovidos dos meios mínimos de subsistência, dela se tornaram dependentes. Líderes e liderados, no exercício de sua militância classista, como em um verdadeiro sacerdócio, com práticas humanísticas, nivelando-se aos colegas de profissão, considerando a todos como pertencentes à mesma coletividade, respeitando sua condição humana, qualquer que seja ela, acima de todas as coisas, foram capazes de transformar a CAASP no que é hoje, muito mais do que um mero órgão da Ordem, uma entidade verdadeiramente espiritualizada, graças ao envolvimento de pessoas que, convivendo em absoluta harmonia, respeitando eventuais divergências de opinião, tornaram-na vitoriosa e permanente na vida de todos os advogados de São Paulo. Uma entidade espiritualizada PALAVRA DA DIRETORIA VICE-PRESIDENTE DA CAASP Cristóvão Bernardo “Posso afirmar que todos os que passaram pela CAASP, escrevendo a gloriosa história destes 80 anos de existência da entidade, empenharam-se com maestria”


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