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NA DEFESA DA MULHER Jornal do Advogado – Ano XLIV – nº 439 – Junho de 2018 Presidentes de Subseções ratificam força da advocacia A atuação feminina nas Subseções da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil tem crescido com o passar dos anos. Com a sensibilidade que lhes é peculiar – as mulheres representam quase 50% do total de inscritos –, elas estão sempre prontas para atuarem na defesa das prerrogativas profissionais, na união da classe, na parceria com a comunidade e na manutenção do Estado Democrático de Direito. Vêm, assim, conquistando, com méritos, mais espaços dentro da administração da OAB SP. Prova disso é o trabalho realizado em todo o Estado. Na Subseção de Miracatu, por exemplo, a presidente Dione Almeida Santos significa a força da mulher da região. Para ela, o trabalho na Ordem é enriquecedor e traz benefícios tanto no campo profissional como na vida pessoal. Desde a posse, Dione age para demonstrar a importância da advocacia para a sociedade miracatuense. “Nós tentamos fazer uma OAB mais presente na comunidade, para que os cidadãos respeitem e valorizem o trabalho dos advogados”, diz. Na mesma linha, segue a presidente da Subseção da OAB de Santo Amaro, Lisandra Cristiane Gonçalves. Entre tantos desafios diários para atender os quase nove mil inscritos (entre advogados Mary Antonello, Dione Santos e Lisandra Cristiane Gonçalves são presidentes das OABs paulistas de Guararapes, Miracatu e Santo Amaro, respectivamente Uma luta pelo respeito à dignidade humana 4 SÃO PAULO O Índice de Desenvolvimento Humano referente ao Brasil, principalmente os dados sobre as mulheres, é uma das preocupações da conselheira licenciada da Seção São Paulo da OAB, Flávia Piovesan, que tem ampliado o trabalho voltado para a proteção da dignidade humana. Eleita para o Conselho da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), ela se dedica em derrotar a cultura de aniquilação de direitos, conforme enfatizou durante participação em painel da Conferência Nacional da Advocacia, que aconteceu em São Paulo e foi organizada pela OAB SP. Na linha de combate às violações cometidas contra o sexo feminino, ela tem como parâmetro o Relatório do Desenvolvimento Humano da ONU. O estudo aponta que a falta do empoderamento das mulheres é um desafio ao progresso global em todas as regiões e grupos. “Para melhorar o IDH, temos de lidar com o tema das vulnerabilidades. Uma primeira medida é ter um olhar mais atento para reduzir a pobreza e a discriminação contra a mulher”, diz. Ponto de destaque da conselheira e também presidente licenciada da Comissão de Direito Constitucional da OAB SP, é a importância de investir em educação de qualidade, em saúde e em políticas públicas capazes de romper com o drama da exclusão. “Somente assim, o Brasil terá condições de sair da estagnação no ranking de IDH”, pondera. Flávia Piovesan também é ex-secretária nacional de Direitos Humanos, e defende a necessidade de empreender lutas contra o fortalecimento dos discursos de ódio e da discriminação. “Temos de defender o respeito e cultivar a paz.” Outra luta da conselheira licenciada é combater o sexismo e o racismo. “Quando comecei no feminismo, éramos solitárias. Fico emocionada ao ver milhares de garotas militando e me ofereço como canal de comunicação com o governo”, enfatizou quando esteve à frente da Secretaria. Eleita para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Flávia Piovesan defende o fim dos discursos de ódio e da discriminação Cristóvão Bernardo e estagiários), um dos mais emblemáticos foi ter conseguido a manutenção do Fórum Regional Trabalhista da zona sul. “Eles queriam fazer a centralização da Justiça do Trabalho e nós conseguimos impedir e manter o Fórum aqui na região”, pontuou. Lisandra salientou que os anseios da advocacia têm sido conquistados, mas como o bairro tem proporções maiores do que muitas cidades paulistas, o trabalho é sempre muito intenso. Ela ressalta, ainda, que não existem diferenças entre as administrações comandadas por homens ou mulheres. O pensamento é compartilhado pela presidente da OAB de Guararapes, Mary Lucia Antonello. Em sua terceira passagem pela presidência (2007/2009, 2013/2015 e 2016/2018), ela diz não haver diferenças ou privilégios no trato com as mulheres: “O que nós temos aqui é um relacionamento amigável com todos os setores da sociedade guararapense, o que nos ajuda a realizar um ótimo trabalho”. Ambas dizem ter dificuldades em atrair para suas Subseções novas advogadas para o trabalho na Ordem e esclarecem que o espaço dentro da OAB SP está aberto. Avaliam que a mulher deve, efetivamente, assumir sua posição na política de classe. “A mulher precisa ter mais interesse nas questões institucionais e se fazer presente, pois a advogada não necessita mais se ‘impor’, ela deve se ‘por’ dentro da entidade”, salientou Mary Antonello. Com relação à participação feminina nas presidências das Subseções da OAB, Dione Santos enxerga uma mudança positiva de conceitos dentro da entidade, pois a diretoria da Secional paulista tem realizado importante trabalho de valorização da advogada. “Este esforço contribuirá para mudanças benéficas nas futuras gerações”, diz. Montagem feita sobre fotos de José Luís da Conceição e Cristóvão Bernardo


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