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Presença feminina no Conselho Federal Conselheiras se empenham na luta por igualdade 9 Jornal do Advogado – Ano XLIV – nº 439 – Junho de 2018 SÃO PAULO O trabalho exercido pela mulher advogada tem ampla representatividade no Conselho Secional da OAB SP, onde elas ocupam mais de 34% do quadro, perfazendo um total de 54 conselheiras. A voz feminina é firme nas decisões tomadas para toda a advocacia nos âmbitos regionais, estadual e nacional. Engajada na luta pelo empoderamento feminino, Tallulah Kobayashi de Andrade Carvalho, que exerceu o cargo de diretora da Mulher Advogada e hoje é membro da Comissão, acredita que somente por meio de ações contundentes será possível fazer com que elas exerçam seu papel na sociedade. “Na OAB SP, realizamos diversas campanhas, num trabalho intenso de conseguir superar as barreiras impostas”, afirmou a conselheira, que tem uma agenda extensa, na qual lhe permite agir por toda a advocacia em outros cenários, entre os quais como presidente da Comissão de Relações Institucionais e membro da Comissão de Precatórios da Ordem paulista. Atual conselheira por São José dos Campos, Silvia Regina Dias sempre atuou na defesa dos interesses da classe na região em que compôs a diretoria e presidiu a Subseção (gestão 2013/2015). Para ela, a defesa das prerrogativas, especialmente as das mulheres – que, muitas vezes, acabam aviltadas no exercício profissional –, são essenciais. “A OAB está vigilante nos direitos da mulher tanto no âmbito social, lutando pelo fim das violências praticadas, quanto no dia a dia da advogada”, ponderou. Além das decisões tomadas nas reuniões do Conselho, a presença feminina ganha força nas cidades litorâneas. Conselheira por Cubatão, Lucimar Vieira de Faro Melo participa ativamente das discussões na busca de consolidar a igualdade de gêneros. Ela esteve presente, por exemplo, no desagravo ao feminismo, que aconteceu em Santos, em 08 de março último. “É fundamental percorrer os caminhos para o fortalecimento feminino”, disse. Primeira mulher eleita para o Órgão Especial do TJSP O presidente da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa, celebrou a eleição da desembargadora Maria Cristina Zucchi, a primeira mulher a compor o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo. Na classe “Quinto Constitucional”, ela recebeu 110 votos no dia 28 de junho e ocupa vaga decorrente do término do mandato do desembargador João Negrini Filho. “É com muita satisfação que recebemos a notícia de que uma advogada é a primeira mulher eleita para integrar o Órgão Especial do TJSP. A OAB SP parabeniza o TJSP por essa eleição, que quebra mais uma barreira para permitir avanços da participação feminina nos órgãos de deliberação do Tribunal”, expressou o presidente. Costa ressaltou ainda a expectativa do Tribunal acolher o pedido da Ordem paulista para entronização, no Salão dos Passos Perdidos, do busto de uma mulher, Maria Augusta Saraiva, a primeira advogada paulista. Maria Cristina Zucchi militou na advocacia no período de 1975 a 2001, quando foi nomeada para o cargo de juíza do 2º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, pelo critério do Quinto Constitucional – Classe Advogado. Em 2005, foi alçada ao posto de desembargadora. Divulgação Montagem feita sobre fotos de Cristóvão Bernardo Integrante do time de lideranças femininas da Ordem dos Advogados do Brasil, hoje conselheira federal por São Paulo, Márcia Regina Approbato Machado Melaré (foto) construiu trajetória que soma distintas experiências na instituição. Em cargos de diretoria ou envolvida com atividades de comissões, Márcia defendeu bandeiras tanto na Secional paulista como no Conselho Federal. Na OAB de São Paulo, a advogada foi vice-presidente nas gestões 2004/2006 e 2007/2009, durante presidência de Luiz Flávio Borges D’Urso, e também fez parte da diretoria de Ophir Cavalcante no Conselho Federal da Ordem, no triênio 2010/2013, quando ocupou o cargo de secretária-geral adjunta. Em meio aos temas que contaram com o empenho de Márcia, está o da aprovação do uso do nome social nas carteiras profissionais por advogados e advogadas travestis e transexuais, iniciativa que nasceu em São Paulo, contou com intensa atuação da Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia, e foi aprovada pelo Conselho Pleno da OAB em 2016. Ela também foi relatora da ação, no Conselho Federal, que defendeu o ingresso da instituição como amicus curiae nos autos de Recurso Extraordinário cujo objeto visava a proteção dos direitos humanos de presos objetivando a adequação dos estabelecimentos prisionais. Formada pela turma de 1981 da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o empenho em trabalhos em prol da municipalidade rendeu à advogada prêmios como o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo e a Medalha Anchieta. Pela Ordem paulista, ela foi agraciada com o prêmio Maria Immaculada Xavier da Silveira em 2010. Vale lembrar, ainda, que Márcia foi uma defensora da nova sede institucional da OAB SP. José Luís da Conceição


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