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Claudio 14 Claudio Lamachia promete movimentar o cenário político-econômico-social nos três próximos anos. Eleito por unanimidade pelas 27 secionais da Ordem dos Advogados do Brasil para presidir o Conselho Federal na gestão 2016/2018, já iniciou o mandato asseverando o combate à corrupção, amparado no juízo de que a OAB Nacional tem de se impor frente à crise moral que toma conta do país. “Diante da crise institucional que vive o nosso país, temos que convocar a advocacia, as sucursais e a OAB Federal para retomarmos a tradição brasileira de conciliação nacional em benefício do nosso futuro”, pondera. Nos primeiros dias de gestão, iniciada em 1º de fevereiro, percorreu os estados em busca de apoio para alinhavar uma campanha contra o retorno da CPMF. Também afiançou um pedido do presidente da OAB SP, Marcos da Costa, exigindo o afastamento imediato de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados. “Os políticos que não respeitaram nossa confiança devem ser afastados do exercício do cargo, com respeito ao devido processo legal e ampla defesa”, concita. Em ano eleitoral, ele acentua que uma de suas metas é fazer com que o cidadão exerça o voto consciente, sem eximir a entidade de suas obrigações: “Também somos responsáveis por tudo que aí está”. Por duas vezes presidente da OAB do Rio Grande do Sul, entre 2007 e 2012, e vice-presidente do Conselho Federal, em 2013/2015, Lamachia pretende imprimir sua marca no cenário nacional, pautado pelo diálogo e amparado pela Constituição, como costuma dizer. Especialista em Direito Empresarial e Administrativo, leva consigo a responsabilidade de ser o primeiro advogado gaúcho a comandar a OAB Nacional em 85 anos de existência. ENTREVISTA O senhor assume a OAB em um ano de muitos desafios nos campos político e jurídico, qual linha pretende seguir? Tenho pra mim que o diálogo é um elemento fundamental para qualquer situação de conflito. Entendo que conversando encontraremos soluções para os problemas que se apresentam. Mas, por outro lado, precisamos compreender que temos no Brasil algumas situações pontuais. Está aí uma crise dita como política e econômica, mas que é, na sua essência, uma crise ética e sem precedentes. Por via de consequência, a Ordem tem sido chamada como nunca para participar, opinar e, efetivamente, assumir suas responsabilidades. A OAB não faltou ao Brasil no passado, não falta no presente e, eu garanto, que não faltará no futuro. Ela tem que participar do debate nacional de uma forma muito aberta, principalmente no contexto jurídico, onde vivemos alguns conflitos. O fato de ter encabeçado uma chapa com o apoio formal das 27 secionais fortalece suas ações no comando da classe ou pode parecer continuação? Ter o apoio das 27 secionais é, sem dúvida, uma grande conquista, que, além de nos gratificar, demonstra que Cristóvão Bernardo


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