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Pela primeira vez,
mulheres chegam
ao comando
de importantes
Subseções
10 Jornal da Advocacia I Março-2019
Maioria da população brasileira, as mulheres representam apenas 15% dos
parlamentares no Congresso Nacional. Apesar do número baixo, em comparação
à legislação passada, houve aumento de 5% de representatividade feminina
no último pleito. Os números refletem a realidade, onde as mulheres
ainda lutam para galgar seus lugares nos espaços de poder. Mas o avanço
em direção a um futuro mais igualitário entre homens e mulheres é um caminho
sem volta. Políticas afirmativas buscam corrigir essas distorções.
No universo da advocacia, as mulheres representam praticamente metade
dos profissionais, contudo, possuem um longo trajeto a percorrer: nunca
uma mulher ocupou o cargo de presidente do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil. Para mudar esta realidade, a partir de 2021, elas
devem representar 30% das chapas diretivas.
A Seção São Paulo, por sua vez, trabalha arduamente para diminuir essas
distâncias e a participação das mulheres está em franca expansão. Neste
cenário, um episódio demonstrou essa disposição: a primeira mulher
presidente da Subseção de Bauru, Márcia Regina Negrisoli Polettini, foi
empossada em uma sessão solene cuja mesa diretora estava composta
apenas por representantes femininas. A imagem é simbólica e os contornos
tornam-se mais evidentes pela data escolhida para a solenidade: 8 de
março, Dia Internacional da Mulher. Elas estão à frente de 50 Subseções no
Estado de São Paulo e o incentivo para que, cada vez mais, participem da
política de Ordem e ocupem cargos diretivos será um trabalho constante ao
longo da gestão 2019/2021.
Entre os 160 conselheiros da Ordem paulista há 59 mulheres, o que representa
aproximadamente 37% do quadro. Do total de dirigentes da Secional
na atual gestão, 39% são mulheres.
Fonte: Departamento de Subseções da OAB SP