Escola da Advocacia
Diretrizes estratégicas para a ESA
08 Jornal da Advocacia I Março-2019
Está em estudo a disponibilização de
vagas em cursos (EaD e presenciais)
sem custo àqueles com menos de três
anos de formação em Direito. Soma-se
à ideia de atender o jovem advogado, a
reformulação dos cursos de introdução à
advocacia – estes deverão ser inteiramente
gratuitos.
De acordo com Jorge Cavalcanti Boucinhas
Filho, temas antes proporcionados
em palestras separadamente devem
passar a integrar a grade do curso de
introdução à atividade. Com isso, o
conteúdo programático será mais amplo
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José Luís da Conceição
Designado para dirigir a ESA, Jorge Cavalcanti Boucinhas
Filho tem em mente ao menos cinco diretrizes de reformulação
da Escola da Advocacia para o triênio 2019/2021. O
primeiro passo, diz, é estruturar a democratização do acesso
de professores que compõem a grade de aulas: “A ideia é
romper a barreira de que há um rol fixo numérico definido”.
Para identificar interessados em lecionar, serão lançados
editais periódicos para que advogadas e advogados possam
apresentar sugestões nos moldes de cursos de curta
duração e de especialização. O primeiro edital deve sair em
breve. A ESA, avalia o dirigente, tem espaço para otimizar
o uso de sua estrutura e ofertar mais cursos. Hoje a escola
soma 14 salas de aula na capital, um estúdio para Ensino
a Distância (EaD) e 102 núcleos distribuídos pelo interior e
litoral do estado.
O segundo movimento de curto prazo, já em andamento,
é a aproximação entre a ESA e a Comissão de Cultura
e Eventos, liderada pelo também conselheiro Secional
Alexandre Mendonça Rollo. Os professores da escola estão
sob consulta relacionada ao interesse e ou possibilidade em
ministrarem palestras promovidas pela Comissão. A estrada
é via de mão dupla: professores em potencial podem ‘ser
descobertos’ e chegar às salas da ESA a partir de eventos
promovidos pelo grupo de trabalho capitaneado por Rollo.
A percepção dos dirigentes de Ordem é que escola e Comissão
de Cultura têm potencial para caminhar com maior
proximidade.
Está na lista de atividades, ainda, a retomada de modelos
de debates que ocorriam na escola sobre temas em pauta
no país, tal qual o Projeto Anticrime, inserção da mulher no
mercado de trabalho e Reforma da Previdência, para citar
alguns. Esses eventos poderão ocorrer via transmissão
on-line e ou presencialmente.
Capacitação de
professores
Na esteira das alterações
relacionadas à estrutura de
ensino, há ainda a intenção
de modernizar as metodologias
utilizadas, o que
deve ocorrer por meio da
capacitação dos próprios
professores. A ESA quer
ofertar cursos para quem
ministra as aulas com o
fim de disseminar distintas
estratégias pedagógicas.
Como exemplos, Boucinhas
cita trabalhar a
expertise em ensino a
distância – visto que
nem sempre os formatos
eficazes para o molde presencial
são ideais para o
EaD – e a ideia do ensino
participativo, a partir de
casos com atuação do aluno,
nos moldes do método
Problem Based Learning.
Jovem advogado
Fora da capital
e vai somar desde experiências em
áreas do Direito a outros temas, como
aspectos societários, marketing para a
advocacia, além de ética e prerrogativas.
“Na parte do conteúdo não se trata
de repetir o que foi visto nas universidades,
mas aproximar recém-formados de
profissionais com ampla experiência”,
conta. As iniciativas buscam contribuir
com os primeiros anos de carreira,
período bastante desafiador. Segundo o
dirigente da ESA, é uma época em que
os profissionais têm muitas dúvidas entre
abraçar a advocacia ou uma carreira
pública.
Mais um passo fundamental no processo
de contribuir com o fortalecimento da
atividade no interior e no litoral paulistas
deve ocorrer no médio prazo: ampliar
a capilaridade da escola. O movimento
será por meio da instalação de novos
núcleos e pelo aumento da oferta de
cursos onde já existem – seja em formato
presencial ou EaD.
Atualmente, a ESA tem 102 núcleos
espalhados pelo estado, mas a capacidade
de crescimento de musculatura é
significativa se consideradas as 239 Subseções
existentes. Além disso, as estruturas
do interior e litoral devem se tornar
mais proativas. “Queremos que também
passem a ser grandes produtores de
conteúdo próprio”, disse Boucinhas.